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Normatizações técnicas são um conjunto de acordos firmados entre empresas, governo e comunidade cientifica, a fim de criar uma linguagem de regras e protocolos comum a todos.

Nesse conteúdo iremos abordar a norma IEC 61400 que é utilizada no setor eólico, entender quais são suas extensões e quais os principais acordos realizados entre os empreendimentos do setor. 

Mas, primeiramente, vamos entender o que é a IEC, a sigla inglesa para International Electrotechnical Commission, que em português significa Comitê Internacional de Eletrotécnica

Esse órgão é responsável direto por catalogar e estabelecer as normas no setor de eletrotécnica, eletrônica e também o de energia eólica no Brasil e em outros 24 países. 

Como foi apresentado acima, a IEC é um órgão primordial para criar uma linguagem comum de acordos técnicos.

Agora vamos analisar como se comporta as extensões das normas IEC quando o assunto é o setor eólico.

Conheça as extensões da IEC que representam normatizações para parques eólicos

As normas da IEC – 61400 apresentam-se em um total de 26 famílias, onde cada um “membro” representa algum tipo de protocolo técnico para parques eólicos, logo, cada protocolo possui uma específica utilidade dentro do empreendimento.

A fim de acrescentar ao entendimento, disponibilizamos neste link um guia base, onde é possível acessar as normas e suas respectivas descrições técnicas.

Como é possível observar através do material no link acima, as normas contidas nele correspondem às mais utilizadas pelos agentes envolvidos com empreendimentos desse setor: gestores, diretores, fabricantes e órgãos governamentais.

Dentre as normas listadas, temos um destaque técnico importante para três normas vigentes e que são relacionadas diretamente com a gestão e operação de unidades geradoras de energia eólica. São elas:

Seguindo essa linha de raciocínio, detalharemos como se comporta cada normalização acima citada e quais são suas aplicabilidades nos empreendimentos eólicos.

Como é realizada a divisão da norma 61400 para o tempo e produção em aerogeradores

Como pode ter sido notado, as categorizações 26-1 e 2 são complementares, ou seja, a primeira parte é destinada a disponibilidade baseada em tempo, enquanto que a segunda parte baseia-se em produção de aerogeradores. 

Uma observação importante é que a produção e o tempo são fatores que se correlacionam e ambos essenciais para análise do desempenho dos aerogeradores de forma precisa.

De antemão, caso tenha ficado curioso sobre o que trata-se a disponibilidade em aerogeradores, possuímos um conteúdo explicativo que pode ser acessado aqui.

O objetivo em comum das normas 26-1 e 2 é garantir a otimização dos parques e o aumento da vida útil das unidades geradoras, como também medir o desempenho e as perdas de energia associadas a essas unidades.

Conheça a categorização da IEC responsável pelo desempenho de turbinas eólicas

Na categorização da norma IEC 61400-12-1, o principal objetivo é especificar procedimentos de medição de desempenho de turbinas eólicas de forma precisa e coesa, tanto na medição, como também na análise dos dados. 

A norma busca criar uma linguagem comum de medições do vento, que abrange diversas partes, por exemplo, a escolha e o posicionamento de anemômetros, o direcionamento do vento, a densidade do ar e outros fatores relacionados.

A regulamentação se dá tanto para turbinas que estejam agrupadas próximas umas das outras, quanto para equipamentos distantes entre si que se conectem através da rede elétrica.

Contudo, o principal fator levado em consideração nessa norma é a curva de potência.

A curva é representada por um gráfico, onde é relacionado a velocidade do vento e a potência da turbina eólica a um determinado período de tempo suficiente para produzir dados e análises.

Sendo assim, a partir dessas análises, é possível determinar se de fato a potência acordada entre fabricante e gestor está condizente com os valores definidos em contrato.

Entenda como a norma IEC 61400 impacta no processo de gestão dos parques eólicos

Quem se utiliza de forma prática essas normas são os fabricantes e gestores dos parques eólicos, que durante o processo de contratação cada um alinha a disponibilidade contratual pautado através das normas IEC 61400 que foram citadas anteriormente.

Sendo assim, é importante que a liderança do parque tenha ciência dos dados que são obtidos para que ele venha de fato contrapor o fabricante ao perceber alguma anomalia em seu empreendimento.

Buscando auxiliar e dar ao gestor análises completas e mais assertivas diversas soluções tecnológicas voltadas para o monitoramento e a gestão de parques eólicos foram criadas. 

Uma das soluções desenvolvida é o Windbox, uma ferramenta de gestão e monitoramento eólico, que alia praticidade e eficiência em suas análises,
buscando constantemente dar autonomia ao gestor e, portanto indicar as melhores decisões a serem tomadas dentro do parque. 

Vale ressaltar que a ferramenta realiza todas as análises seguindo os padrões estabelecidos pelas normas IEC de disponibilidade e de medições em aerogeradores que foram citadas nesse conteúdo.

Caso deseje, possuímos um conteúdo mais didático sobre como é possível otimizar o processo de gestão através da ferramenta Windbox que pode ser acessado através do link.

Em suma, espero que tenha entendido um pouco sobre as normatizações da IEC para eólica, como também quais são as principais extensões da norma utilizadas no processo de gestão e análise. 

Caso tenha dúvidas ou  desejar sugerir algum assunto para ser abordado aqui no blog, fala através do meu e-mail, [email protected]. Será um prazer te atender. 

Forte abraço e até o próximo conteúdo.